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A Questão da Santidade (Parte I)

Comunidade Shalom Filadélfia

A questão da santidade (II Coríntios 6:14-18)                                                                  Parte I (versículo 14)

 

O texto apresentado por Paulo aos coríntios aborda praticamente todos os meios de relacionamento que possivelmente podemos manter. Da análise de cada um podemos entender seu conceito de santidade.

 

  1. Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis.

Algumas versões trazem o termo incrédulos no lugar de infiéis. Não altera o sentido da frase. Nessa primeira observação chama a atenção o verbo prender. A palavra jugo, na versão do Rei James, é yoked, que, entre outros significados, quer dizer parelha de bois, canga. Ou seja, literalmente Paulo está dizendo que eu não posso me deixar escravizar pelo modo de vida do ímpio, porque o peso sobre mim seria sempre maior. Daí o termo desigual. É mais ou menos o que faz um dos cônjuges, crente, quando, para agradar ao outro, descrente, passa a viver como ele. Quanto a isso fala o Espírito em I Pedro 4:2-4 e II Pedro 2:20-22...

 

“Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; e acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós”.

 

“Porquanto, se depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhe fora dado. Deste modo o que por verdadeiro provérbio se diz: o cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama”.

 

  1. Que sociedade tem a justiça com a injustiça?

Aqui temos outro tipo de contato: a sociedade. É sócio de quem alguém que se associa a esse alguém. E se isso acontece, certamente acontece por uma finalidade. Ninguém se associa a ninguém por nada. Esse tipo de relacionamento faz com que os envolvidos trabalhem juntos para um fim comum. Ou seja, tenham o mesmo alvo. E como isso pode ser possível entre um justo e um injusto? Alguém que quer trabalhar honestamente junto com um sócio que quer levar vantagem de qualquer jeito, nem que para isso seja preciso se corromper. A Bíblia mostra como se deve portar um adorador, nas palavras de Davi, no Salmo 26:4-5 e orientação em Efésios 5:11...

“Não me tenho assentado com homens vãos(falsos), nem converso com homens dissimulados. Tenho odiado a congregação(ajuntamento) dos malfeitores, nem me ajunto com ímpios”.

“E não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as”.

O termo acima “não vos associeis”, no original grego leva para “não tenhais comunhão” (sugkoinôneite). Podemos constatar um caso prático em II Crônicas 19:2, na aliança entre Jeosafá e Acabe.

 

  1. Que comunhão tem entre a luz e as trevas?

A palavra comunhão pode ser resumida em comum + união. Ela vai além do jugo desigual e da sociedade, porque na comunhão existe a partilha, a divisão comum, o dar e o receber. Quando há comunhão há envolvimento, porque ela prevê convivência, intimidade. E a questão é: como é possível conviver intimamente com alguém que não é amigo de meu melhor amigo? E Espírito explica em I João 1:1-3...

“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida. Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada. O que vimos e ouvimos, isto vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e nos foi manifestada”.

Logo, podemos encontrar tudo isso bem resumido no Salmo 1:1, onde Davi coloca o princípio da separação(santidade) no início das bem-aventuranças. Princípio chave na vida de quem quer ser um verdadeiro adorador.

 

 

Neto Curvina