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A Questão da Santidade (Parte III)

A questão da santidade III (II Coríntios 6:16-18)

 

E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” (AEC/ACF)

Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (ARA)

Que há de comum entre o templo de Deus e os ídolos?” (BJ)

 

Aqui a Palavra separa o templo do que entra no templo. Por que os ídolos entram no templo? Porque sua entrada é permitida. Como são mortos e não possuem nenhum tipo de poder, só se tornam instrumento de adoração graças à ignorância dos que os adoram. E, ao contestar essa relação, se utiliza do termo “sugkatathesis”, traduzida corretamente em todas as versões, dando a entender a existência de uma espécie de elo entre uma parte e outra.

 

Basta ver que a palavra ‘consenso’, vem do latim ‘consentire’, que quer dizer ‘sentir junto’, um tipo de igualdade de opiniões. E nessa situação que a Bíblia questiona: é possível, ao mesmo tempo, ser templo de Deus e consentir com qualquer forma de idolatria. A questão com os ídolos é mais séria do que parece. Basta ver no Êxodo 20, que entre os dez mandamentos só há um com promessa de maldição, e é o que se relaciona com a idolatria, o grande pecado que levou Israel ao cativeiro e à derrota em diversas situações. Aqui temos que entender dois conceitos: O templo de Deus e os ídolos. Primeiro, o templo.

 

  1. João 14:23
  2. I Coríntios 3:16-17
  3. I Coríntios 6:19

E agora, algumas definições bíblicas relacionadas a ídolos:

 

  1. Salmos 115 e 135
  2. Isaías 44:13-20
  3. Isaías 42:8

 

Ou seja, a idolatria se caracteriza basicamente pelos seguintes fatores:

 

  1. a) Adoração a algo que é criado por mãos humanas
  2. b) Adoração a qualquer outro personagem que não seja Deus

 

Daí a frase na continuação: ‘vós sois o templo do Deus vivente’, ou seja, dentro de nós habita Deus, na forma de seu Santo Espírito, e ele não vai dividir esse espaço com ninguém. Qualquer tentativa de fazê-lo pode trazer conseqüências desagradáveis (I Coríntios 3:17).

 

Deus está nos ensinando a santificar o templo em que ele habita. Quem gostaria de congregar em um templo sujo, cheio de imundícia, ou melhor, quem gostaria de congregar em um templo em que num da se reúne a igreja, e em outro é cedido para festas mundanas, reuniões políticas, missas?

 

É disso que o texto fala. Que sou responsável pelo que entra e sai do templo (minha vida), e que não pode haver consenso (consentimento, ligação) entre mim e aquilo que afronta a Deus, porque este templo, na verdade, é uma extensão do Senhor (I Coríntios 6:15-20), e, só poderemos receber a benção de sua presença como um todo, se o templo estiver santificado, preparado para recebê-lo.  Como continua o texto:

 

Neles habitarei (Espírito Santo), e entre eles andarei (Jesus Cristo); e eu serei seu Deus e eles serão meu povo (Iavé)...”. Mas para isso três condições precisam ser observadas (II Coríntios 6:17)...

 

  • Sai do meio deles ( não se misture, não tenha comunhão, não faça alianças, etc.)
  • Apartai-vos (se tiver aliança, desfaça)
  • Não toqueis nada imundo (imundo é o que não é puro ou santo, ou mesmo o que está corrompido)

 

E então, na seqüência, podemos contemplar as bênçãos:

 

  1. a) Somos recebidos (estávamos do lado de fora)
  2. b) Somos adotados (verso 18)

 

Raciocínio que se fecha em II Coríntios 7:1, onde deveria se encerrar o capítulo 6.

 

 

Neto Curvina