Dois irmãos: várias lições

Texto: Mateus 21:28-32

 

Jesus propôs essa reflexão em forma de questionamento de forma ousada, dentro do templo.
Em poucas palavras, nos deu preciosas lições de como nos relacionarmos com o Pai. Vejamos.

1. Para Deus, ações representam mais do que palavras.

Palavras podem ser vazias ou não. Podem ser mais do que isso ou podem simplesmente não passar de palavras. Ações nunca são vazias, ainda que feitas em silêncio. São as nossas atitudes que dão a real medida da nossa fé (Tiago 2:14-18).

2. Obedecer sempre, mesmo não achando bom.

Moisés não retornou ao Egito depois de longos 40 anos de exílio muito contente. Pelo contrário, ainda no monte tentou – e muito – argumentar com Deus para que enviasse outro em seu lugar (Gênesis 4:13). Mas foi. Imagine o que se passava em sua cabeça ao fazer o caminho de volta. Mas era isso ou ver o povo continuar sofrendo. Obedecer nem sempre é fácil, ainda mais quando nos confrontamos com orientações que nos causam transtornos.

Esposas liberais e feministas lendo que devem ser submissas à autoridade do marido. Avarentos lendo sofre ofertas. Incrédulos se deparando com milagres. Relativistas estudando sobre pecado. São só alguns exemplos. Versões modernas de um rabugento Jonas…

Mas é melhor obedecer (I Samuel 15:22-23). Mesmo que não saibamos o que virá depois. Aliás, Abraão (ainda Abrão) nos dá o exemplo. Ficar na zona de segurança ou agir pela fé? Deu no que deu.

3. Arrependimento é marca registrada de um eleito.

Só o arrependimento verdadeiro me transforma em um vaso de honra. E ele – verdadeiramente – só acontece quando vem acompanhado de uma mudança de comportamento, caso contrário não passará de uma encenação (Atos 3:19 e Isaías 55:7).

4. Há pessoas que, mesmo sabendo a verdade, terão problemas no dia do juízo.

Jesus estava no templo, falando com ninguém menos que os principais sacerdotes e os anciãos do povo (Mateus 21:23), conhecedores indiscutíveis da Lei do Senhor. E foi dentro do templo que ele fez com eles se traíssem com suas próprias palavras, ou seja, eles possuíam capacidade para discernir o certo do errado, mas não aplicavam esse discernimento em suas próprias vidas. Estavam enganando-se a si mesmos (Tiago 1:22).

 

 

Neto Curvina
Comunidade Shalom Filadélfia