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Maria e o Salvador

Maria e o Salvador (Lucas 1)                                                                                                           08/03/2015

Lições de uma mulher especial

 

 

  1. Santidade (Lucas 1:27 e 1:34)

 

Maria estava desposada, ou seja, prometida em casamento. Noiva. Mas ainda não havia sido tocada por José. Isso se chama santidade. Naquela época isso era perfeitamente normal. Mas hoje não. Hoje as pessoas não sabem esperar. Cedem aos desejos da carne com muita facilidade, com muita rapidez. E isso não agrada a Deus.

Os jovens querem se tornar adultos cada vez mais cedo e com isso acabam prejudicando suas vidas. Hoje se vê com mais freqüência crianças cada vez mais jovens desrespeitando seus pais e mães, se dirigindo a eles como se fossem colegas de escola – ou pior – que têm a obrigação de satisfazer todos os seus desejos. Hoje dizer ‘não’ para um filho é quase um crime. Mães cada vez mais jovens. Casamentos precipitados. Mas Maria não era esse tipo de filha. Como serva de Deus buscava ter um comportamento que agradava a Deus. O fato da Bíblia não falar nada acerca de seus pais, mas citar uma tia nos leva a crer que era órfã.  E mesmo assim não se apressou. Guardou sua santidade. Colocou Deus em primeiro lugar em sua vida. E foi honrada.

Hoje as pessoas querem ser honradas mas não querem honrar a Deus. Querem ser donas de suas vidas, fazer o que bem entendem, não dar satisfação para ninguém, mas esquecem que se estão vivas, é porque Deus quer.

  1. Prudência (Lucas 1:34)

Ser santo não é ser fanático, cego, desequilibrado. Acreditar imediatamente em tudo que se ouve. A Bíblia diz “Provai se os espíritos vêm de Deus” (I João 4:1). E nem todos os anjos são dignos de confiança (II Coríntios 11:14). Hoje as pessoas acreditam em tudo que vêem e ouvem, mas têm dificuldade em acreditar em Deus e em sua Palavra. Qualquer fofoca, qualquer fuxico nas redes sociais e as pessoas levam adiante como se fosse verdade, sem sequer averiguar a fonte. Maria não era assim. Ela se certificou do que estava acontecendo. Ela ouviu atentamente o Gabriel. Até o momento em que ele mostrou um milagre real, a gravidez de Izabel, sua prima, já estando com seis meses de gestação. Ele entendeu que Deus estava no negócio. Foi prudente. Moisés, Gideão e Eliseu tiveram essa mesma atitude foram honrados. Precipitação e imprudência são marcas registradas dessa geração. Mas não de Maria. Nem de uma geração santa. Quem não acredita em tudo que ouve, e nunca duvida de Deus.

  1. Espírito Adorador (Lucas 1:46-55)

O cântico de Maria é uma das mais belas expressões de adoração do Novo Testamento. Nele ela expõe duas das principais características de um adorador: gratidão e conhecimento (cita Abraão, logo conhece a Lei). Muitos são gratos a Deus por bens materiais e vitórias alcançadas. Maria demonstrou gratidão pelo fato de Deus a usar como seu instrumento. De ter sido escolhida pelo Senhor para uma missão. E ela faz questão de externar tudo isso. Um adorador não consegue ficar calado quando está diante de Deus. Por isso Davi ordena a si mesmo no Salmo 103:1-2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize , ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.”

  1. Obediência (Lucas 1:38 e João 2:5)

Uma vez certificada de que Deus lhe chamava, não hesitou. Moisés hesitou. Maria não. Tal qual o profeta Isaías apresentou-se ao Senhor com a frase que ele espera ouvir de nós: “Eis-me aqui”. Ainda que a situação se apresentasse completamente desfavorável. Ela simplesmente estava noiva e apareceria grávida de alguém que não era seu marido. Hoje muitos não compreendem a complexidade da situação. Veja que seu próprio marido teve problemas em conviver com a idéia a ponto de intentar abandona-la (Mateus 1:19). Ela poderia ser apedrejada caso fosse condenada por adultério. Como convencer os fariseus de que estava esperando um filho do próprio Deus?

Mas ela permaneceu firme. Porque fez de Deus sua prioridade. Não olhou para si, mas para o Senhor. Abriu mão de seu marido para, tempos depois, ter que abrir mão do próprio filho. Não entrou para a história de graça.

Seguiu sempre uma vida de obediência, resumida na frase: “Fazei tudo o que ele mandar”. É um exemplo até hoje.

 

Neto Curvina

Comunidade Shalom Filadélfia