O interior do eleito, 22 de janeiro de 2015
O homem é um ser tricotômico. I Tessalonicenses 5:23 mostra que temos espírito, alma e corpo. As partes estão dispostas por ordem de importância. O espírito em primeiro, o corpo ao final, e no meio, a alma. O corpo do homem vive sobe duas leis. A primeira é a que diz que ele se deteriorará até virar pó (Gênesis 3:19). E a segunda é que ele, como natural que é, se submete ao que é sobrenatural, que são as partes invisíveis do homem (espírito e alma).
Essa é a questão. Da boa convivência entre espírito e alma, resultarão as conseqüências exteriores. Devemos entender o que a Bíblia diz acerca das características desses dois elementos e dos efeitos que eles causam e nossa vida. Primeiro, o coração. Sobre ele a Bíblia diz que:
- É enganoso e perverso (Jeremias 17:9 – Provérbios 28:26).
- É fonte de coisas ruins (Marcos 7:20-23)
- É capaz de influenciar o organismo humano
- É instável (Tiago 4:8 – Oséias 10:2)
O coração é o órgão que representa a alma humana. Ele é o responsável pelo agir sem pensar, pelas reações emotivas e precipitadas, tanto dos seres humanos como dos animais. Por que ele é necessário? Porque também é quem define nossa afetividade, os sentimentos mais profundos como, por exemplo, simpatias ou antipatias gratuitas e reações primárias em geral.
Se os homens não possuíssem uma mente racional, seriam dominados necessariamente por necessidades comuns a todos os animais. O coração é o órgão dos impulsos naturais. É o que faz com que os homens tenham reações comuns a todos os animais, como, por exemplo, o instinto de defesa e sobrevivência, a defesa da família. Medo. Agressividade. Paixão carnal.
Homens de Deus eventualmente já agiram como animais irracionais por alguns instantes, desprezando o mínimo de racionalidade. Davi e Sansão são exemplos clássicos. Mas podemos ver ainda traços de desequilíbrio emocional em Elias, Caim, Pedro e Moisés. Guardadas, é claro, as devidas proporções.
Somente ao homem o Senhor deu o privilégio exclusive de uma mente racional. Fez isso porque queria estabelecer um novo padrão de comportamento (I João 5:20). Queria uma criatura diferente de todas as outras e que, por isso, também se comportasse diferente delas. Com a razão, o Senhor nos dotou da capacidade de discernir, instituindo o livre-arbítrio. O homem recebeu de Deus um órgão capaz de, quando usado corretamente, impor limites aos desequilíbrios emocionais do coração.
A mente é órgão ligado ao espírito. Enquanto o coração sente, a mente deve entender, compreender, analisar. Enquanto o coração se perde no tamanho das coisas, a mente dá a elas a dimensão real que verdadeiramente elas tem. Porém, se não for direcionada pela Palavra de Deus, perderá sua força e será dominada pelas outras duas dimensões, passando assim a agir de acordo com os desmandos da alma e do corpo. Aí será o fim.
Algumas passagens bem claras determinam biblicamente a natureza da mente humana:
- Romanos 12:1-2 (O culto racional)
- Apocalipse 1:10 (Arrebatamento com entendimento)
- I Coríntios 2:16 (A mente de Cristo)
O Espírito Santo comunica-se conosco através do nosso espírito (Romanos 8:16). É uma comunicação vertical, de cima pra baixo. Essa mesma ordem é seguida em nós, a mente, comandada pelo espírito, deve comandar o resto do corpo, incluindo o coração.
Para que tudo ocorra bem, devemos analisar algumas passagens:
- Romanos 1:9 (Servir a Deus em espírito) = entendimento (I Coríntios 2:11 e 14:15)
- Salmo 119: 11 (A palavra no coração)
Neto Curvina