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Três ações de bênção

Comunidade Shalom Filadélfia

Domingo, 5 de fevereiro de 2012.

Mensagem: Três ações abençoadas.                                                    (Mateus 7:7)

 

 

Nas palavras do Senhor Jesus podemos observar inicialmente três verbos: (pedir, buscar, bater). Verbo é uma palavra que indica ação, movimento, atitude. Deus sempre nos mostrou que ele espera de nós que descruzemos os nossos braços. Sua palavra é cheia de determinações e orientações que nos ensinam a agir. Afinal, ele próprio é alguém que não para, conforme vemos em João 5:17, quando Jesus diz:”O meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.

 

O movimento é o que diferencia os vivos dos mortos. Em Lucas 20:30 Yeshua declara que Deus “não é Deus de mortos, mas de vivos...”, ao que o Salmista pergunta no Salmo 88:11 se ‘a tua benignidade será anunciada na sepultura’?.

 

O próprio Deus jamais se manifestou de uma forma estática. A primeira vez em que ele se dá a conhecer aos olhos do homem, se apresenta em uma sarça ardente diante de Moisés. E depois, durante quarenta anos, vem em forma de nuvem e de uma coluna de fogo. E, posteriormente, sua presença sempre vem seguida de coisas em movimento, como o vento, o terremoto, o fogo. Até porque ele não queria que dele fosse feita uma imagem (Deuteronômio 4:15-16).

“No dia em que o Senhor falou convosco em Horebe, do meio do fogo, não vistes figura alguma (...), para que não vos corrompais...”.

 

Aqui nas palavras de Iavé, podemos entender como ele quer que entendamos a fé. A fé verdadeira. Aquela que não precisa de qualquer tipo de símbolo, objeto, ou qualquer coisa material para existir. Paulo afirma em Romanos 8:24 que ‘esperança que se vê não é esperança’. Essa, aliás, é a segunda característica que define fé, segundo Hebreus 11:1, que é “A prova das coisas que não se vêem”.

 

Coisas mortas corrompem a fé. Copos de água, peças de roupa, objetos que supostamente trazem bênção para nossas casas, como vassouras ungidas, rosas consagradas, água do Jordão, terra de Israel, etc. Deus quer exatamente o contrário. Que nós creiamos no que ele é, como está em I Timóteo 1:17 “Ao Rei dos Séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre, amém”.

 

Logo, só pode pedir, buscar e bater, quem está vivo. E só pode receber o que pediu, encontrar o que buscou, e ver a porta se abrir, que crer como a Palavra ensina a crer. Eu não posso pedir do meu jeito, buscar do meu jeito, nem bater do meu jeito. Porque o meu jeito é o errado. As minhas ações, as ações determinadas por Jesus neste versículo, só terão êxito, se estiverem em conformidade com os planos de Deus para minha vida, com sua Palavra, e, consequentemente, dirigidas pelo seu Espírito Santo. Isso está claro desde João 15:5 onde Jesus diz que “Sem mim nada podeis fazer”. E isso inclui pedir, buscar e bater.

Pedir.

 

Três condições são indispensáveis quando se fala em pedir.

 

  1. O que pedir.
  2. A quem pedir.
  3. Como pedir

 

  • O que pedir.

 

Deus sonda nossos corações e conhece as nossas intenções. Sabe do que precisamos. Entende nossos alvos e desejos. Não vai atender a nossos pedidos simplesmente porque somos seus filhos. Qual o pai que vendo seu filho de dez anos lhe pedindo as chaves do carro para ir passar o fim de semana na companhia dos colegas de classe em uma cidade vizinha terá coragem de fazê-lo? Só se for completamente louco e irresponsável.

 

Precisamos saber o que pedir. Precisamos ter alvos corretos. Deve haver integridade e sinceridade em nossas petições diante de Deus. Veja o desejo do salmista no Salmo 73:25.

A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti”.

 

A humanidade comete um erro infantil: deseja a bênção, mas não o Senhor que abençoa. Comporta-se como um filho que passa a semana inteira sem falar com o pai, e quando o faz, o faz com agressividade, que não gosta que as pessoas o associem a ele nem que os outros digam de quem ele é filho ou que se parece com ele, mas, ao chegar o final de semana, vem pedir dinheiro para comprar uma roupa nova e ir a uma festa. Só que Deus não é como nós. Ele tem sua palavra e permanecerá fiel a ela, ainda que nos ame incondicionalmente.

 

Veja o pedido do filho pródigo. Queria sua parte na herança para poder aproveitar sua vida imediatamente, como muitos hoje em dia ainda fazem. O pai não se opôs, afinal, era um direito seu. E em nenhum momento tentou impedi-lo de ir. O tempo mostrou que o pedido havia sido equivocado. Às vezes Deus, para nos punir, atende nossas orações. Um texto revelador sobre o assunto é o que está em Tiago 4:2-10. Ali podemos encontrar de forma resumida a essência do pedir e receber.

 

No versículo 2 aponta para o erro da acomodação, da falta de oração e fé. O não pedir.

No versículo seguinte vem a explicação de porque não recebemos. Veja bem, o mundo só si preocupa consigo mesmo, e tudo que pede é para proveito próprio. Como sal e luz, retirados do mundo que fomos, devemos seguir o caminho inverso e passar a viver em função de Deus, e isso faz com até o modo de pedirmos as coisas seja diferente de como faz o mundo.

Nos versículos 4 e 5 a palavra aponta para isso, que a amizade com o mundo acaba contaminando até nossas petições e que sim, Deus tem ciúmes de nós.

No 6 vemos a necessidade de um coração humilde diante de Deus, e que os soberbos, os orgulhosos e os arrogantes não conseguirão nada dele.

E no versículo 10 diz que Deus nos exaltará. E uma das formas dele fazer isso é atendendo nossas petições. Daí a importância de manter um coração sincero e humilhado diante de Deus e de conhecer a sua Palavra, pois somente assim saberemos como ele quer que façamos as coisas, inclusive pedir. Se antes fazíamos a vontade da carne e, consequentemente só pedíamos coisas que satisfizessem sua vontade, hoje, como seres espirituais e não carnais, devemos seguir o caminho inverso. Portanto, muito cuidado ao pedir, sem esquecer I Coríntios 10:6 onde o Espírito adverte os eleitos: “Não cobiceis as coisas más”.

 

  • A quem pedir.

 

Das três ações essa é a mais fácil de explicar. Yeshua nos dá a fórmula em João 16:23 que diz: “Na verdade, na verdade vos digo que tudo o quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar”. A afirmação se repete no versículo 26. E é isso mesmo, como diz o Salmo 24:1 “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam”. Ele diz “Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2:8).

 

1.3 Como pedir

 

Haveria um mistério para se convencer a Deus? Será que o mesmo Deus que nos manda pedir, e pedir somente a ele, também não daria as orientações necessárias para fazer isso da forma correta? Há quem pense que é só pedir com sinceridade e humildade que conseguirá o que quer. Só que sinceridade e humildade, características indispensáveis aos servos de Deus, não são exclusividade destes. Ou será que não existem ímpios sinceros e humildes? É óbvio que existem. Então, se esses dois componentes não podem faltar na oração, por outro lado não são garantia de que ela seja um sucesso. Certamente que há algo mais. E a Bíblia mostra o que é. Vejamos o que ela diz e observe com cuidado as passagens abaixo. Primeiro temos o exemplo daquele que sabia pedir, o Filho de Deus:

 

  1. a) Mateus 3:17 “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu filho amado, em quem me comprazo.”. Ou seja, o Pai tinha e tem prazer no filho, o que pode ser comprovado em João 8:29 “E aquele que me enviou está comigo; o Pai não tem me deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada”. Compare com os textos abaixo. Não há coincidência...

 

  1. b) Provérbios 16:3 (Caminhos agradáveis a Deus)
  2. c) Efésios 5:8-10 (10: ‘Aprovando o que é agradável ao Senhor’)
  3. d) I João 3:22 (“E qualquer coisa que pedirmos, dele a receberemos; porque guardamos seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista”).

 

 

 

Neto Curvina

Ministro do Evangelho na Comunidade Shalom Filadélfia